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Conheça os níveis de blindagem automotiva
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Conheça os níveis de blindagem automotiva
Brasil adota norma norte-americana NIJ e autoriza uso por civis de blindados até o nível IIII
A blindagem veicular é um daqueles inventos criados para uso militar que acabaram se transformando em produto de sucesso no meio civil. Sua ascensão se deu principalmente em regiões marcadas por conflitos, como o Oriente Médio e, mais recentemente, em países com altos níveis de violência urbana, como Colômbia, México e Brasil.Com o aumento do número de blindadoras e, consequentemente, da produção de veículos de passeio blindados, em 1999 o Exército Brasileiro atualizou o Regulamento 105 (R-105) e incluiu esse tipo de produto como controlado, passando a exigir um Certificado de Registro (CR) das empresas do setor, como as fabricantes de vidros, mantas e aço balístico. Também fazem parte desse grupo armas de fogo, agentes químicos de guerra e explosivos, como a pólvora.
No ano seguinte, a fiscalização das empresas passou a ser de responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública de cada Estado. Em São Paulo, a Polícia Civil passou a expedir uma licença anual para que fabricantes, montadoras, comerciantes e locadores de veículos de passeio blindados pudessem funcionar. Os proprietários desse tipo de veículo também tiveram de se enquadrar à nova legislação, que ficou bem mais rígida que a anterior.
A partir de 2001 ficou regulamentado o serviço de blindagem em carros de passeio até o nível III. Desde agosto de 2002, contudo, uma nova atualização nas regras limitou a blindagem de veículos de passeio ao nivel III-A – o nível III passou a ser liberado apenas por meio de licença especial (confira os vários tipos no quadro abaixo).
Venda controlada.
O interessado em adquirir um blindado tem de cumprir uma série de exigências. No caso de pessoa física, é preciso apresentar vários documentos, como RG, CPF, comprovante de residência, Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo – CRLV, certidão de antecedentes criminais da Justiça Federal, Estadual e Militar do domicílio nos últimos cinco anos.Para as pessoas jurídicas deverão ser acrescentados o CNPJ e as certidões de antecedentes criminais de todos os sócios administradores e/ou gerentes – exceto as empresas que tiverem o Certificado de Registro.
A blindadora deverá emitir um Termo de Responsabilidade informando seu nome e CR, nível de blindagem, nome ou logotipo da fabricante das partes blindadas, com respectivo CR, mês e ano de blindagem numerado, datado e assinado em duas vias. Uma delas deverá ser entregue ao cliente.
Padrões
. Cada país ou região tem sua própria norma ou padrão de blindagem veicular para uso civil. Na Europa, por exemplo, além da Euronorm (EN), há a DIN, utilizada na Alemanha. A Stanag é exclusiva para uso militar e nos EUA existem a UL e NIJ (National Institute of Justice), a mesma adotada aqui.
A classificação de níveis leva em consideração o impacto do projétil contra a blindagem, tendo como bases o calibre, o tipo de projétil, sua massa (peso), além da velocidade média e da quantidade de disparos realizada durante os testes de homologação. Os níveis superiores resistem também aos calibres dos anteriores. Por exemplo: o nível II resiste os calibres dos níveis II-A e I.
O III-A é o que oferece o maior grau de proteção disponível para uso irrestrito no mercado brasileiro. É capaz de suportar disparos de armas como Magnum 357, 9mm (pistolas e submetralhadoras), espingardas calibre 12 e Magnum .44 (confira no quadro acima).
No País há também o nível 1, oferecido pela DuPont com o nome comercial de Armura. O sistema, que utiliza peças feitas de Kevlar, pode suportar até disparos de armas de calibre 38 e tem como principal atrativo o preço, a partir de R$ 30.500.